Desafios e tendências para o mercado educacional, segundo especialistas
Quais são os desafios e tendências para o mercado educacional brasileiro em 2022
2022 chegou e com ele os desafios para o mercado educacional brasileiro. Se desde 2020 as escolas precisaram se adaptar bruscamente a uma nova realidade, esse ano, essa realidade permanece como um dos grande desafios do mercado de educação básica em conjunto com aperfeiçoamento do que constitui as tendências para a educação no Brasil.
Conversamos com Sérgio Andrade, fundador e diretor de marketing do Melhor Escola, site especializado em captação de alunos para educação básica e com Marina Cordaro Camargo, Sócia da Corus Consultores, consultoria especializada no mercado de educação básica para entender, sob suas visões, qual o maior desafio para o setor educacional privado em 2022.
Tecnologia e engajamento dos alunos é tendência e a boa execução é um grande desafio
A digitalização, o uso assertivo das tecnologias, professores capacitados e personalização do ensino, compõem, para o Sérgio Andrade, o grande desafio para as escolas em 2022.
A pandemia veio pra confirmar as grandes diferenças de qualidade na educação básica. Quem tinha qualidade conseguiu se adaptar à nova realidade de ensino remoto e de inviabilidade de ensinar sem o interesse do aluno (é mais fácil fechar a janela do zoom que sair da sala de aula). Em 2022 eu vejo que a educação básica deve se especializar ainda mais nessas 2 conquistas e criar um modelo de ensino com tecnologia e no qual o interesse do aluno é essencial pro sucesso do processo. Sem o aluno estar interessado o ensino não vai acontecer.”
Sérgio Andrade, sócio fundador e diretor de marketing do Melhor Escola.
Se presencialmente manter os alunos engajados já não era tarefa fácil, a discussão ganhou corpo e se intensificou no ensino remoto, uma vez que aulas são mais facilmente ignoradas pelos alunos. Entender que o mundo mudou e com ele a forma de interagir, ensinar e aprender será um diferencial das escolas que, somado a isso, usarem assertivamente todas as tecnologias disponíveis para tornar o ambiente de aprendizagem mais interessante para os alunos.
A pandemia ainda é preocupante e continua como grande desafio do setor
É certo que estamos em uma situação diferente, o vírus já não é por completo desconhecido, tende a ser menos perigoso e a vacinação tem um significativo avanço. No entanto, a contaminação ainda é preocupante e isso impacta no comportamento do mercado em seus mais variados sentidos. É neste contexto que Marina Cordaro Camargo enxerga o grande desafio das escolas em 2022.
O maior desafio para as escolas, em 2022, ainda advém da pandemia do novo coronavírus: como responder da forma mais rápida e mais eficaz aos desafios impostos pelas restrições sanitárias? Como gerenciar de maneira adequada as expectativas das famílias e atendê-las no limite do possível, gerando a menor perda de receita? Como gerenciar a complexa logística imposta por casos positivos entre alunos e entre professores e funcionários? Como ocorreu com as escolas desde o início da pandemia, os vencedores desse jogo serão aqueles que conseguirem oferecer às suas clientelas respostas ágeis, criativas e eficientes – e isso vai depender, sobremaneira, da velocidade com que cada escola conseguirá fazer a leitura das seguidas mudanças de tendência que o momento trazido para o setor.”
Marina Cordaro Camargo, sócia Córus Consultores.
A adequação a nova realidade e tendências educacionais são necessárias, contudo, nada disso será possível sem uma gestão que garanta a sobrevivência da escola. O desafio de gestão permanece forte e será a rápida e criativa respostas dos gestores escolares frente as mudanças e imprevisibilidades do ano corrente que fará com que os colégios mantenham sua saúde financeira e consequentemente possam dar continuidade em suas atividades.
Digitalização, tecnologia, inovação e valorização dos professores seguem como tendências da educação
Desde de 2017, quando os holofotes do mercado educacional se viraram para a educação básica , que a aplicação de tecnologia, inovação e gestão profissionalizada estão em curso com relativa velocidade nas escolas particulares, mas não há como negar que nos últimos anos foram fortemente aceleradas devida adaptação necessária das escolas frente a um cenário pandêmico. Soma-se a isso, humanização do ambiente escolar, ensino socioemocional, interdisciplinaridade, personalização das atividades escolares , estímulo da participação das famílias e comunidade na rotina escolar e valorização e capacitação dos professores e teremos as tendências que permanecem fortes para o setor educacional. São esses os elementos vencedores e que colocarão as escolas dentro nas novas exigências de pais e alunos preocupados com ambientes escolares acolhedores, cada vez mais tecnológicos, que despertem o interesse dos alunos, ao passo que cuidem de suas saúde emocional sem perder a qualidade do ensino.