Startup que une esporte e educação recebe aporte de mais de R$1,6 milhão

Esporte Educa tem foco na reconstrução da relação entre dois conceitos essenciais para o desenvolvimento social de jovens e adolescentes

A EduSportech utilizará o investimento para melhorias direcionadas ao desenvolvimento de produtos com foco na jornada educacional dos atletas

São Paulo, Setembro de 2023 – A Esporte Educa é a primeira EduSportech brasileira com foco em reescrever a relação do esporte com a educação dentro do país. Com o propósito sócio-econômico de criar uma nova geração de esportistas e atletas que estudam, a startup comemora o aporte de R$1,675 milhão recebido recentemente. O investimento veio do Fundo Amazônia Ventures, administrado pela FIDD, e é o terceiro recebido pela startup desde seu lançamento no final do ano de 2020. 


Para fortalecer seu objetivo de construir pontes entre o mundo do esporte e o da educação, garantindo que os atletas tenham acesso a oportunidades acadêmicas de qualidade, enquanto continuam a buscar a excelência em seus esportes. Imagine um futuro em que os jovens atletas brasileiros possam realizar seus sonhos esportivos e acadêmicos simultaneamente. Esse é o futuro que a Esporte Educa está construindo.

“O sonho de se tornar um atleta profissional parece promissor, mas apenas 1% dos jovens alcançam o esporte de alto rendimento e os outros 99% não vão chegar nem perto de profissionalizar.  Demonstramos aos atletas que não é necessário renunciar a um sonho para perseguir outro. Estamos comprometidos em preparar jovens para prosperar tanto em suas carreiras esportivas quanto no mercado de trabalho formal. Queremos apoiar os milhões de jovens que fazem parte dos 99% que não atingirão o patamar de atletas profissionais, ao mesmo tempo que buscamos capacitar os menos de 1% que conseguiram chegar lá, de modo que nossos atletas de ponta se tornem exemplos positivos para sociedade e não caso de páginas policiais. afirma Ivan Ballesteros, CEO da Esporte Educa.

Além de investir os recursos em pesquisas e desenvolvimento de produtos e serviços, a startup tem planos de ampliar a equipe com contratações estratégicas em áreas-chave, como tecnologia, vendas, marketing e atendimento ao cliente. Os maiores beneficiados serão os atletas, que continuarão a receber todo suporte para conciliar esporte e educação.

A solução da Esporte Educa surgiu como uma plataforma de conexões esportivas para o mercado educacional formal, usando tecnologia para conectar atletas com bolsas de estudo em cadeiras ociosas em todos os tipos de instituições de ensino privadas brasileiras, desde colégios, até faculdades e escolas de idiomas. 

Além das bolsas de estudo, Ivan e sua equipe perceberam que era necessário ajudar os atletas em outras vertentes, como “soft skills”. Foi desenvolvida uma plataforma educacional com metodologia própria, combinando design instrucional e Edutretenimento. A plataforma oferece cursos com dupla aplicabilidade em diversas áreas da vida, de modo que prepara os atletas para vencerem no esporte e no mercado formal, apresentando uma interface semelhante à Netflix para facilitar o acesso. Além disso, a plataforma utiliza tecnologias de inteligência artificial para a tutoria de alunos, possui um sistema de ranking e gamificação para premiar os melhores estudantes, e está disponível como aplicativo para iOS e Android visando atender às necessidades educacionais tanto dos principais clubes do Brasil quanto de atletas independentes.

“No futuro, quando conquistarmos uma maior base de atletas e escolas parceiras, entendemos que o próximo passo é ter uma plataforma de financiamento de atletas. Isso porque, às vezes, mesmo com uma bolsa de 60%, ainda acaba faltando financiamento. Nós perdemos mais de mil atletas por uma diferença de R$50 a R$200 na renda mensal. Então, com essa tríade ‘bolsas de estudo no ensino formal, escola digital de soft skills e financiamento de atletas, entendemos que existirá um hub importante de educação e esporte”, conclui Ivan.

De olho no mercado de trabalho

A Esporte Educa foi fundada no final de 2020, em meio à pandemia. Desde então, já avaliou mais de 3.000 esportistas e encaminhou 540 deles para instituições de ensino brasileiras. Mais de 80 já conquistaram seu diploma e tiveram uma economia média de R$10 mil durante o período do curso. Com o investimento, a empresa projeta ajudar mais de 2.000 atletas com acesso ao estudo nos próximos meses.

Com foco em esportistas e atletas na faixa etária de 10 a 23 anos de idade, a Esporte Educa tem à frente o empreendedor social Ivan Ballesteros, ex-jogador de futebol profissional que foi obrigado a deixar a carreira no futebol, devido a uma lesão crônica. Ele observou que muitos atletas não conseguem conciliar esporte com a educação e acabam desistindo dos estudos por falta de financiamento, orientação familiar ou apoio do próprio clube,  ficando obcecado em criar algo que permitisse que os atletas pudessem seguir ambos os caminhos.

A Esporte Educa já recebeu outros dois incentivos financeiros anteriormente. O primeiro aconteceu em meio à pandemia, em 2021, e foi realizado por Marcelo Franco via Verve Capital, que tem foco no early stage e visa ser o primeiro cheque das startups. O segundo foi em 2022 sendo um misto de Family & Friends e investidores anjo. 

Outro incentivo foi o resultado da participação da Esporte Educa no programa Podium, primeiro programa de aceleração para Sportechs no Brasil, promovido pelo Arena Hub . A startup também conta com o apoio de mentores experientes em negócios e esporte, como Daniel Muniz Silva, Paulo Bivar, André Ballesteros e Fernando Patara.

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Cenário brasileiro
  • Acesso a educação privada. O Brasil tem cerca de 53 milhões de estudantes no ensino básico e médio, sendo que somente nove milhões estudam em escolas privadas, ou seja 44 milhões de crianças não têm acesso à educação privada. (Fonte: Censo Escolar)
  • Estudo. 30 milhões de jovens de 15 a 29 anos não estudam. (Fonte: IBGE)
  • Escolas. As escolas são o principal local de primeiro contato com o esporte. (Fonte: DIE ESPORTE)
  • Esportes. +17 milhões de jovens de 15 a 29 anos praticam esportes. (Fonte: DIE ESPORTE)
  • Atletas profissionais. 99% dos jovens não vão se tornar profissionais no esporte. (Fonte: FutDados)
  • Ganhos financeiros. 82% dos atletas profissionais ganham até um salário mínimo. (Fonte: CBF)
  • Desenvolvimento. 78% dos atletas profissionais passam por problemas financeiros ou decretam falência após 3 anos de aposentadoria. (Fonte: FOX Business)

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